sábado, 25 de julho de 2020

sobre ser e estar

Sobre ser e Estar.. Para debinha, entre amor e sombras.. Da morte não sei quando...Sei que é o atravessamento do ser e estar. E me basta saber para além do como,mas da finitude de todos os meus gestos e a necessidade de mergulho,em cada partícula de vida. Porque sempre deixaremos de ser e na certeza da impermanência, vivemos. Como sobreviver ao correr do tempo, na incapacidade de retê-lo com as mãos, de interromper a tempestade de areia que nos adentra a retina, presos que estamos a esta implacável ampulheta, que leva a cada grão mais um dia de nós?Será na inevitabilidade do ir-se, na dor pela compreensão do enquanto, que viveremos, amaremos e morreremos.Sós. Frágeis. Perdidos entre nosso próprio delírio. Atravessados pela sutileza de estar e pela urgência de ser. E seremos tanto ou mais enquanto conservarmos nossa inocência, o peito aberto para receber o novo e a inescapável necessidade de mergulhar em nós mesmos,luz e sombra,diante do caos. que fazer quando a cada passo nos tornamos mais e mais próximos do abismo?fugir?Não é possível,tão pouco ignorar as marcas que o vento deixa na pele,enquanto insiste em passar. O que nos resta, seres frágeis que somos,é admitir nossa única possibilidade de vida:amar,amar sem medida,sem equilíbrio e sem remédio e buscar até o final dos dias nossa narrativa apartada do universo,máscaras de nossas próprias máscaras. ´Porque fora do amor e da sua maior expressão sensível que se materializa na arte todo o restante é hipótese

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