quinta-feira, 16 de junho de 2016

Como dizia o poeta

Feito essa gente que não muda com a lua, que não vê poesia, que está sempre contando tempo e dinheiro, que acumula camadas de resistência e pequenas covardias, escondidos sob mantos de não ditos e não vividos. Na medida em que caminha,os bolsos abarrotados de “nãos”,a máscara impressa na pele escorre ante o suor que o esforço em ser frio,distante, inacessível, proporciona ao sujeito...Enquanto isso, do lado de fora da janela,há o pôr de Sol, os pequenos encantamentos cotidianos, as mãos estendidas, a imprevisibilidade do encontro e a dor lancinante que virá,porque ela sempre virá,seja “sim” ou “não” sua opção de vida. Melhor é abrir portas e janelas, deixar o sol entrar, reconhecer a sua inevitável fragilidade diante do outro, que sempre vai nos invadir em alguma medida.. Enquanto você tentar ignorar o óbvio, na esquina ao lado um poeta, sentado em um banco de pedra, escreve distraído,mais uma estrofe de seu belo poema. Ele ri de sua seriedade,de sua falsa rigidez, zomba de suas certezas...Ele sabe,mais profundamente do que imagina, que defesas só são necessárias quando nos encontramos invariavelmente tocados pelo afeto... Então, ousa...Mergulha no desconhecido... Aventure-se a não ter respostas.. E seja,então,infinitamente maior do que era até então...E surpreendentemente mais feliz.. trilha sonora: https://www.youtube.com/watch?v=oIelCdlc0hA

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