quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O vento(A uma menina)

Abre a as janelas do tempo, menina
que as horas acompanham o seu respirar.
Ja é tarde,dizem os relógios,mas o tempo sabe;
que a sua hora é hoje no dia de sempre,
quando suas dores ja dormem guardadas em caixas no fundo do armário
E ja é momento de deixar o silêncio atrás de você.
Pelas frestas da porta já se vê a luz,que insiste em entrar.
Ao longe múltiplas vozes,na incerta música do talvez.
Chega à janela.Contempla o sol,sente o vento leve que bate em seu rosto.
Pra além das dores,erga seu rosto e contemple o vazio.
Ainda que cada passo dolorosamente convide à inércia,chegou o tempo em que é preciso caminhar.
Anda.Percorre o caminho que é feito de escolhas e de todos os nãos que você carrega dentro de si.
Deixe-os ao chão e anda,sem olhar pra trás.
Ouse abrir a janela e contemplar o sol.Arrisque,por entre a incerteza dos passos,
fechar os olhos e se deixar levar pela brisa leve que bate,constante.
Deixa que ela sopre em cada marca que o tempo deixou.
Caminhe,passo a passo,mãos vazias e vento no rosto.
O seu tempo é agora.

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