Há um momento em que todas as palavras quedam ao chão, inertes
Tempo onde as dores forçam os joelhos ao solo
e as costas tombam ante o despreparo da alma.
Tentar erguer-se ante o imperioso apelo do não é inútil.
Precisas baixar por um momento a cabeça
e deixar que o desespero uma vez só,vença a batalha que tão insistentemente travas;
Tu mesmo contra tua sombra, tuas vontades contra a força do Mundo,
tuas pobres mãos,ante a inabalável certeza do não.
É hora de recolher-se quieto, muito quieto, enquanto a tempestade passa.
É hora de deixar que o tempo faça seu trabalho e percorra cada canto da casa,
erguendo a poeira dos mais remotos esconderijos.
Permanece em silêncio, deixando que o relógio faça seu trabalho.Mergulha solitário por entre camadas de breu.
Há de chegar o tempo de abrir a janela e contemplar novamente o sol.
Por hora tranca tuas portas, esvazia tuas mãos, espera que o tempo passe e que o vento chegue.
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