Lá fora corre célere o tempo,mas é aqui dentro que permanece o silêncio, ecoando nas paredes brancas, banhadas de sol... E enquanto tudo caminha as perguntas caem ao chão,por que? Até quando? Será? Já são todos na correria diária, a impedir a contemplação do não vivido, ainda, a impelir ao movimento, enquanto aqui dentro permanece o instável, em sua aura de mistério, como um mergulho no vazio... Recuso-me a encarar o não,porque aqui dentro,ah..Aqui dentro é vida,é sangue correndo na veia ,é silencio de sorrisos,é calor,é o nada.Antes fosse o nada...É tudo..Mais de mim do que jamais sonhara, poeticamente, enquanto me entorpeço de sonhos só por proferir o seu nome,infinitamente,infinitamente.....A repetir ao vento, enchendo-me de coragem, que se dane o mundo,porque seu nome é sopro de vida,é certeza da continuidade de mim mesma,posto que ,até quando?Então vem o medo e escondo-me sobre minha coleção de certezas, organizando-as ao meu redor como a uma muralha... Minha felicidade?Desconheço esta palavra, sou séria, compenetrada, pratica e até feliz. Mas é na curva da noite em que posso ouvir meu interior em que encontro a tua voz,ainda,a me preencher de vida e derrubo meus muros,aos prantos ao saber que não foram suficientemente altos,estou aqui de novo,no fundo do poço a soluçar e esperar por você,até quando?
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Até quando
Lá fora corre célere o tempo,mas é aqui dentro que permanece o silêncio, ecoando nas paredes brancas, banhadas de sol... E enquanto tudo caminha as perguntas caem ao chão,por que? Até quando? Será? Já são todos na correria diária, a impedir a contemplação do não vivido, ainda, a impelir ao movimento, enquanto aqui dentro permanece o instável, em sua aura de mistério, como um mergulho no vazio... Recuso-me a encarar o não,porque aqui dentro,ah..Aqui dentro é vida,é sangue correndo na veia ,é silencio de sorrisos,é calor,é o nada.Antes fosse o nada...É tudo..Mais de mim do que jamais sonhara, poeticamente, enquanto me entorpeço de sonhos só por proferir o seu nome,infinitamente,infinitamente.....A repetir ao vento, enchendo-me de coragem, que se dane o mundo,porque seu nome é sopro de vida,é certeza da continuidade de mim mesma,posto que ,até quando?Então vem o medo e escondo-me sobre minha coleção de certezas, organizando-as ao meu redor como a uma muralha... Minha felicidade?Desconheço esta palavra, sou séria, compenetrada, pratica e até feliz. Mas é na curva da noite em que posso ouvir meu interior em que encontro a tua voz,ainda,a me preencher de vida e derrubo meus muros,aos prantos ao saber que não foram suficientemente altos,estou aqui de novo,no fundo do poço a soluçar e esperar por você,até quando?
3 comentários:
Tati, Tati...
Essa é a excêntrica busca pelo melhor de nós mesmos, ora necessária, ora insuficiente, na incessante propriedade um tanto quanto nietzschiana em que "para se dar a luz a uma estrela dançante é preciso que se porte o caos dentro de si".
Encarei o viés do seu texto como se a procura fosse essa, independente das convenções sociais estipuladas em nossa realidade.
Beijos,
Cordialmente, Filipe Barbosa.
A busca sempre é por nós mesmos,mesmo quando personificada na figura so outro....as vezes infrutifera,cega,mas sempre na direcao dessa luz que nos move...essa estrela nao dança nao....rs...mas o caos,ah,esse existe e é profundo,doloroso até....Enfim, nao ha dor que nao traga algo de bom...bj
Poxa, "Enfim, nao ha dor que nao traga algo de bom...".
Isto foi tão forte quanto verdadeiro. E é factível, mesmo.
O caos é portante e intermitente, já os olhares, inconfundíveis.
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