sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Laços
LAÇOS
Pela ruptura da carne
No inevitável do sangue
Faz o encontro
No jogo da vida
O tempo de existir reside no afeto
Na costura dos minutos, um a um, lado a lado
Menina que brinca ,mulher que cuida
Duas pessoas, um só laço
As mãos protegem, indicam o caminho, os pés andam descalços na grama...
Cachos ao vento, na hora da tarde, é a voz que chama, no cheiro do café.
Na mesa são dores, permeadas por histórias, na voz que conta, como quem desfia um rosário.
Na roda que gira à sombra do sol, amarelinha no chão,o olhar da janela.
Menina que cresce. mulher que aguarda.
É o carinho que cala, a mão que ampara, nas dores da vida, lágrima oculta no colo quente.
No desenrolar do tempo,menina e mulher, na contramão da historia
Cada uma de seu lado, desfiando a vida,
Duas estradas, paralelas no crescer. Na janela,o mundo.
As horas passam, a noite cai. Na sala o mesmo sofá.
A menina cresce, o tempo passa. Já é tarde lá fora e o frio entra.O sofá,vazio.
Por sobre todas as coisas, o laço, invisível, tecendo a vida nos pontos de antes. Juntas.Sempre.
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