De súbito um calor me sobe ao peito
Vida
Nem direita nem esquerda, escolho o caminho do meio
Onde se recolhem meus sonhos,
A esperança ainda contida na felicidade plena e infinitamente efêmera
São tantas dores, as mãos não abarcam o peito ainda arfante
Mas as pernas caminham, pra onde eu não saberia dizer
Vã confiança na intervenção divina ou entrega absoluta à insanidade contumaz
Não posso ainda precisar
Mas é o convite à vida, nos ombros amigos
Nos risos e lagrimas que ainda não vivenciei
E nas taças de champagne erguidas em torno do futuro,
Ente incerto de quem fugi ao longo dos anos,
Enquanto o passado me seduziu em suas teias instransponíveis.
O precipício me parecera antes tão próximo
E mergulhar era então a única forma de findar a dor...
Já não mais...
Quero os cheiros e texturas, rendas e fitas, cores e transparências, luz e sombra...
Sonho de olhos abertos e ao meu lado vejo rostos amados que me sorriem e estendem as mãos..
Já não posso recusar o convite do novo, seja ele qual for,
Entrego-me à total ignorância de partir sempre pra frente até onde a vista abarca...
Já são as cirandas da vida, em seu continuo girar, os cabelos soltos e os pés descalços,
mãos dadas no convite do vento...
Vamos todos,sempre pra frente,onde a felicidade aguarda
Quem sabe hoje ,quem sabe amanhã...
Sei que não vou só, caminho ao longo de meu sentir, sem parar pra pensar, apenas uma palavra a dizer: sim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário