quinta-feira, 14 de julho de 2016

Sobre todas as coisas

As coisas,as pessoas que amamos,são eternas até certo ponto quando, por incomunicabilidade ou incompletude,planam por nosso imaginário, no limite necessário entre o presente e o vir a ser. Pensá-las é pensar que não se acabam nunca e de certa forma perduram, pela dor ou pelo afeto, no correr de nossas horas cotidianas e em tudo que tentamos ser. Tornam-se findas (e tudo em alguma medida finda)quando, de repente, olhamos para trás e vemos que, de alguma forma também se moveram de onde estavam e seguem caminhando em direção a seus sonhos. Então vasculhamos nossos baús de memória à procura da lacuna que faltava, entre intervalos de silêncio e sorrisos e nos deparamos, inacreditavelmente, com o perdão e a constatação de que prosseguimos e que, de algum modo crescemos, apesar das dores e dos não vividos... O que sobra, para além dos anos, é o afeto, para perdurar por sobre a memória e colocar no rosto, vez por outra, enquanto estivermos distraídos, o mais inexplicável dos sorrisos. E se ainda persiste uma palavra a ser dita é de que teu caminho continue a ser trilhado, com afeto e com coragem para que sejas tudo aquilo que eu tinha exata certeza de que serias um dia... Que teu coração não caiba dentro do peito e que sorria, sempre. Que não deixe de acreditar em teus sonhos e que, por vezes, sem que possas perceber, o mesmo sorriso, subitamente, possa chegar ao teu rosto e aquecer teu peito, assim como ao meu.

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