quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Eu amo a poesia que grita, a palavra que berra,o verso que me chuta pelos degraus abaixo... Ah!como eu amo quando uma frase, um grito ritmado e metrificado me toma e me leva mundos acima, rio abaixo, e enquanto me encanta e me faz caminhar às cegas,arranca,de súbito a pele.E eu que antes fora reservada e tímida, me vejo assim,no meio da rua deserta das minhas próprias certezas, sem defesa, descalça, a seguir estrelas...E ainda que caminhe às cegas, tenho rumo certo. Ora e qual outro não seria senão a intensa,apaixonada,busca do encantamento, com que me faça estender os braços e as pernas,tentando alcançar o infinito?ah!e logo eu que passei a vida a colecionar máscaras com que me proteger dos olhares alheios estou aqui,despida de qualquer defesa, rezando por mais algumas palavras,só mais uma, com que me elevar novamente ao desassossego...

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