
Nesse mar de gente, onde me sinto por inteira e ao que me atenho, difusamente, basta uma palavra, não mais... É um renovar de forças constante, na habilidade de perder-se no outro e suas nuances, infinitas. São sensações, imagens, vontades, dispersas no fragmento de um sorriso ameno, capturado a esmo na curva de um corredor, entre instantes de absorção de conhecimento a fórceps...
Por inúmeras vezes esse manancial de subjetividades me assusta e a minha própria incapacidade de bloquear esse processo, impreciso, doloroso, impalpável.
É preciso não me aprofundar, penso, é preciso não me aprofundar muito, posto que a ausência de qualquer um desses elementos me causará espasmos de dor quando esse ar se tornar o meu e de súbito sobrevier o silêncio.. Mas quando?No que me responde: Não.
Na alma, o espelho reflete o carinho, infinitamente. São tantos rostos a percorrer, tão pouco tempo e já há tanto a perceber. Novamente. Mais uma vez meus silêncios e certezas se esvaem pelos degraus cinzentos, enquanto corro atrás do tempo perdido. Ao chão, pedaços de mim, misturados aos ecos dos risos e observações que não mais, já se fundiram à minha retina, modulando minha voz e seguindo meus passos... Já não sou mais a mesma...
Mergulhei na imensidão do outro, tornando-me parte desse mar. Só me resta deixar-me levar pela correnteza, respirá-lo, alimentar-me dessa energia densa, espessa, que se dissolve em retratos de momentos breves, eternos.. A instância do intangível guia meus anseios, para onde?Não saberia responder. Sei que caminho e que não estou só...
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