quarta-feira, 2 de dezembro de 2020
Poetizar-se
Poetizar-se
Ousar nascer
Romper a pele
rasgar o ventre
existir
e pé ante pé no correr das horas
arte.
vida
gozo.
ser igualmente luz e sombra
maldita seja a superficialidade morna dos covardes
dos que não mergulham
eu quero é esse desespero
esse caos
o peito rasgado,o instante de silêncio e dor.Mãos espalmadas.Romper a madrugada. Atravessar a noite.
Eu quero é o grito que extrapola a garganta
Esse saber-se entre a linha fina do precipício
Morte.Vida.Carnaval.
Que me importa se amanhã não virá?
Eu quero é a arte que se costura na pele, as linhas impressas feito tatuagem, os pés descalços que sangram no sambar a dor, as mãos vazias. Eu quero é renascer, mergulho,vendaval,princípio,fim e meio.
porque só se faz poesia no morrer muitas vezes, senão é técnica,desenrolar fugidio e raso de dedos no papel.Eu quero é a arte escrtia a sangue, sem a qual é melhor morrer.
Eu não. Eu escolho nascer todos os dias,sendo sempre diversa..Na coragem de ser dor, poesia e lágrimas e so assim resgatar a poesia de todos os dias..
Deixa que o mundo te chame.Entrega tuas certezas.porque não haverá outra vida para dizer sim e ser finalmente arte. Arrisca.e Voa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário