Da magia à razão

myspace layouts

Nas cidades de luzes que cegam
Ha aqueles que caminham a esmo
Por onde vão?Eu não saberia dizer
Estão desorientados pelos reflexos de suas imagens
a reluzir no breu de suas consciencias
E buscam a beleza fugidia
de um instante qualquer,
impresso nas coloridas revistas
que folheiam avidamente
na ânsia de saberem.. o quê?
Suas vozes foram perdidas há tempos atrás
Não se lembram do som de suas canções.
Apenas ouvem o martelas contínuo da mesma nota,
que ecoa no vazio de suas mentes.
Pelas calçadas,seus passos trôpegos
ansiosamente persistem,
a acompanhar os intermináveis desfiles de imagens,
refletindo a felicidade que não são capazes de entender.
Mas como, se sabem tanto?
É que suas ciências não lhes permitiram compreender o silêncio
nem tão pouco sentir a luz do sol
O que lhes orienta é a falta; qual exatamente não sabem precisar.
Andam em multidões
sem se tocarem,
com pressa sempre,
certos de que encontram-se no caminho certo.
Para onde?
A alguns passos dali, sombras esparsas
movem-se lentamente.
Vão devagar, ditraem-se pelo caminho,
com qualquer ruído
e demoram-se horas a contemplar
o pôr do sol.
Ás vezes,dão-se as mãos,tocam-se,
entoam velhas canções.
Não têm pressa de chegar,
não sabem onde vão.
Por vezes retornam vários passos,voltando as costas à cidade.
Na sua cegueira,enxergam-se a si mesmos e sabem a distância exata
a percorrer até alcançar o outro.
Para onde vão,não importa.
Estão juntos e seguem a pé.