quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Sobre o nada




...mas há que se dizer sobre o nada, aquele que se forma, intangível, que vai além de onde a respiração não chega e que ultrapassa a barreira do real. Ainda que se formem exércitos de palavras, o nada se opõe, levanta-se, rompe as regras , propõe um estratagema, inventa novas possibilidades...Não há limites quando se trata do não palpável, que difere do que não existe...O que não se toca,mas se sente...o que não se impede, pois que não se conhece o formato exato,nem a profundidade que alcança...a ele se chega,no tempo do silencio em que se trabalha o não,e formula-se verdades de papel...O nada apenas toca,levemente a face do medo e torce-se de lado,fugindo ao controle...impossível concebê-lo..sua matéria é composta de fragmentos de sonho,costuradas a letras de musica e um silêncio repleto de significados...E é quando se chega ao desespero do não viver, lá onde se acumulam as culpas,que o nada reside,sorrindo....ele sabe,ao fundo,que é parte maior de um todo que é feito tão somente de sentir,sem função ou propósito..o nada não é nada disso..ele é a respiração do ser, leve porque incontrolável,mas belo porque eterno,incomensurável,infinito...O nada é o estágio de felicidade,é o coração na boca do estomago,é o estar só ,acompanhado de si mesmo,é alcançar o fundo da alma de alguém.não ha palavra que possa conceituá-lo..para esta viagem não ha mapa..é preciso estar distraído para percebê-lo,sentimento maior,livre de necessidade de exemplificação..ele tão somente existe e é tudo..

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