segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Precipício
No compasso do tempo as horas do encontro
perpassam o cinza do cotidiano
e todos os seus nãos.
as pernas caminham por entre as construções do inconsciente
traçando rotas que o vento vai apagar
são pontes ou muros as certezas vãs do momento da descoberta?
o mergulho nas sombras enquanto o sol se põe
por onde os pés caminham o chão some a cada passo
e o coração alcança o que a mente não pode compreender
mãos vazias,vento no rosto,
as tintas esmaecem na imagem do dia,
respingando lágrimas e suor
vem,menina,abra a janela da sua alma
ainda ha luz lá fora embora as nuvens permaneçam em estado de vigília
é preciso dialogar com o não e vencer a dor,tocando a face da morte na angustia de si.
É preciso rasgar o peito em promessa,fechar os olhos para enxergar a luz
ousa continuar a caminhar,tua dor não paralisa tuas pernas,
e onde teus músculos sucumbem seu afeto sabe chegar
é preciso reconhecer o caminho do coração onde a voz não alcança
é preciso ouvir no silencio a inevitável solidão do salto no escuro.
no alto do precipício só resta tu.
abandona tuas memórias em lugar seguro,deixa teus medos onde não os puder alcançar.permanece na fé do imponderável e lança sua alma no espaço.
Vida
Clocks-Coldplay
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